O tacho de ouro
enterrado
__ Eu sei! –
dizia seu Manuel
__ Sabe o que
Nelzinho? – pergunta sua esposa.
__ Sei onde
tem um tacho de ouro enterrado! – respondia convicto.
__ Então por
que não vai buscar para nós? – perguntava ela, acresentando - Assim a gente sai
da pindaíba...
__Não, não –
respondia ele – e sabe muié, não é um tacho, é um caldeirão de puro ouro...
__ Busca tudo
pra nós Nelzinho - insistia ela, mas ele sempre respondia:
__O que tiver
que ser meu vem em minhas mãos...
Ele arrrumara um balanço na cozinha, colocou
nele o seu arreio, montava e balançava pra lá e para cá e repetia a história de
sempre. Dona Maria, coitadinha,
trabalhava, cuidava dos filhos e tratava dele no balanço...
Um dia um compadre ouvindo a história dele
mais uma vez sobre o caldeirão de ouro, muito ambicioso, insistiu com o seu
Manuel até ele contar onde estava o tal caldeirão: dentro de um forno dentro de
um cemitério. O compadre mais que
depressa foi até lá. Quando chegou lá,
viu o caldeirão, foi pegar, era um caldeirão escuro, era puro marimbondo!
Esperou os marimbondos acalmarem, pegou o caldeirão cheio de marimbondos e
levou para o seu Manuel.
Estava nervoso e jogou o caldeirão de
marimbondos no seu Manuel dizendo:
__ Taí seu
pote de ouro, seu mentiroso! Você além de ser preguiçoso é um grande
mentiroso...Mas como você disse que ele
vinha nas suas mãos fica com esse caldeirão pra você... e foi embora bufando de
raiva
Mas quando o caldeirão acertou o seu Manoel,
o caldeirão reluziu e os marimbondos viraram ouro... ele chamou sua esposa e disse:
__ Maria, eu
não te falei que o que é meu vinha nas minhas mãos, cata esse ouro! Porque ele
é nosso!
E ficou sendo o homem mais rico do mundo, só
por saber esperar...
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