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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Capítulo 16


E Deus opera milagres
     Fomos fazer um culto na casa do irmão Antônio Firmino, chegando ali na casa dele fiquei de fora, pois ele havia saído e ainda não havia chegado, saiu uma criança com um violão e eu comecei a conversar com aquela criança, sem saber que ele era mudo.
__ Vamos trocar o violão – disse eu oferecendo o meu já velho e gasto pelos anos.
__ Não – respondeu ele – foi meu padrinho que me deu.
  Ofereci dinheiro na troca, só para ver o que ele iria dizer, queria ouvir os argumentos dele...  Mas ele continuava irredutível dizendo:
 __ Não.
   Então saiu uma senhora na porta e começou a gritar dizendo:
__ nossa Senhora! nossa senhora!
__ Dona eu estou é brincando com ele – disse eu – pensando que ela estava chateada comigo e levando a sério a troca dos violões.
__ Pastor – ela disse – o caso é que meu filho nunca falou! E agora ele está conversando com você!
  Glória a Deus por isso! Dirigi o culto que foi uma benção e vim para casa com a certeza de que Deus estava comigo.
  Após este acontecimento a igreja lotou, o culto de oração na segunda-feira na casa da irmã Zilda lotou, não cabia mais o povo, batismo com Espírito Santo e Profecias quase todas segundas aconteciam e tivemos até que aumentar a casa dela, já que este culto era o cumprimento de um voto que ela havia feito a muitos anos.
  Num domingo fomos fazer uma visita, eu, irmão Darcílio meu companheiro de ministério, e o irmão Eurípedes Camargo.  Chegando a casa do irmão Geciro, a irmã Genesi disse:
__ Irmão Pedro a mãe do Damião me mandou dizer para o senhor ir lá na casa dela.
  Damião era um engenheiro, analisava o terreno que iam fazer o asfalto para Nova Aurora, tinha vindo do Rio de Janeiro com sua família, e sua mãe que era paralítica.
  Chegando à casa deles, fomos muito bem recebidos e logo começamos a conversar.
__ Eu sou Umbandista - disse – me ele.
__ Não tem importância – disse eu – Deus te ama mesmo assim.
__ Eu te vi essa noite – disse a mãe dele para mim – só que no meu sonho você era um pouco mais baixo.
  Conversa vai, conversa vem e aquela senhora sentiu vontade de ir ao banheiro, Damião foi ajudá-la, mas ela saltou da cadeira e foi sozinha.  Voltou, assentou-se numa cadeira e continuamos a conversar.
  Na segunda-feira eles voltaram para o Rio de Janeiro só que agora totalmente curada.
  Quando fomos para Goiandira logo no início percebi que muitos irmãos moravam de aluguel, e disse um dia no culto:
__ Antes de eu sair daqui todos vocês terão uma casa própria!
  Deus nos ouviu e nos abençoou, todos tem casa e agora poucos dias encontrei com um diácono irmão Aparecido Palhares que me disse que não está cabendo os carros na porta da igreja, no domingo.  Deus é assim mesmo nos dá além do que pensamos e sonhamos.
   E muito bom andar com Deus, e Deus andar com a gente, mas o homem se esquece das bênçãos que recebeu, poucos testemunham mas alguns não dá para esquecer...
  A cura dos filhos da irmã Ivonildes, a libertação dos tios da irmã Divina (Cumari) que foram libertos e salvos, depois de anos envolvidos com o Espiritismo: irmã Maria, irmão Benedito, e irmão Lúcio...
   A cura da irmã Onofra que após ter recebido uma oração, vomitou o Câncer!
  Perto da cadeia, tinha uma irmã desviada do evangelho a cinco anos da Congregação Cristã, era paralítica e um dia ela teve um sonho, que se ela membrasse na nossa igreja, na Assembléia de Deus e participasse da Ceia do Senhor, ela iria andar.
   Ela mandou nos chamar, contou o sonho, se reconciliou depois de alguns dias a membramos e no dia da ceia no sábado após o término do culto fomos até a casa do filho dela levar a Ceia do Senhor para ela participar.  Ela participou e nada aconteceu. Pensei coitada era apenas um sonho.
   Na segunda-feira fomos visitá-la na casa do seu filho.  Quando lá chegamos a esposa dele, a nora da irmã me disse:
 __ Ela não está mais aqui, ela foi embora para sua casa andando.
  O que eu podia dizer? Glória a Deus!
  A irmã Dica, quando mocinha foi apanhar laranja, e um espinho entrou na cabeça dela, não tiveram como tirar.  Sempre doía e inflamava, mas não saía.  Sessenta e cinco anos depois eu estava orando pelos enfermos num culto semanal e ela pediu que eu a ungisse com o Óleo Santo.
  Oramos, e ungimos.  No outro dia ela começou a coçar a cabeça, ela passou a mão e arrancou uma casquinha e o espinho saiu junto.  E ela guardou para nos mostrar, mais ou menos de um centímetro e meio.
  Deus é assim: Deus de ontem, de hoje e de sempre.
  Após os cultos de segunda-feira, íamos bater o ponto na casa do irmão Irai, onde a irmã Divina sempre nos preparava um delicioso café, sempre irei lembrar do carinho dos irmãos.

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