Mais mudanças...
Agora fui transferido para Catalão para iniciar um Trabalho no Bairro Primavera, um bairro difícil onde se localiza um presídio. Deixei uma igreja grande e cheia, arrumadinha, e fui trabalhar num salãozinho velho, onde o banheiro era dentro da igreja, o chão com três tipos de piso: verde, amarelo e queimado grosso, o forro era parte de madeirite, parte de forro paulista e um pedaço sem forro... Não havia janelas nas laterais e o calor era insuportável, o cômodo era muito baixo de telha eternit... Quando chovia era realmente um problema, enquanto uns irmãos cultuavam ao Senhor, outros varriam a água da chuva de dentro do salão... Os bancos eram velhos e o púlpito da sede antiga...
Não havia quintal, então não tínhamos como fazer festas com comida... O cômodo era alugado e não tinha como melhorarmos o espaço.![]() |
Sônia e Eu: louvando ao Senhor e esperando o tempo de Deus. |
Eu e minha netinha abençoada: Hannah Sarah
Mas nós não desistimos, continuamos na luta e então começou a converter, e começamos a trabalhar na arrecadação de coisas para nossa igreja, pois não tínhamos nada... Vassouras, rodos, panos de chão, flores, forros, cortinas, uniformes, tapetes, até mesmo cadernos e pastas para comportar os hinos da igreja...
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Nossa igrejinha simples, mas abençoada. |
Nossos jovens louvando ao Senhor
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Grupo de Senhoras cantando alegremente |
O Novo Acordeão
Nossos instrumentos eram o meu acordeão Capri, e a Sônia no violão... Mas após 15 anos de luta meu acordeão Capri afrouxou, por mais que mandasse arrumar não ficava boa... Fiquei sabendo então que em Goiandira tinha um congueiro que queria vender uma, mas nem cheguei a ir lá ver a sanfona, fui então para a saída e fui pra Cumari de carona. A carona foi num Mercedes velho sem parabrisa com quatro rapazes na gabina, a carroceria estava sem a lateral e um D60 em cima. Eles disseram você tem que subir e eu subi junto com o D60 e eles soltaram o Mercedes na banguela que chegava a chiar. Quando chegou à Serrinha eu bati no vidro do Mercedes e disse ao motorista:
__ O D60 vai cair!
__Deixa cair – respondeu-me ele – agüenta a mão aí.
Quando atravessamos o Córrego do Sr. Nego da Cândida, meu boné voou... Então eu falei com Deus:
__Deus, se o Senhor me der vitória e eu comprar essa sanfona, eu nunca mais falo em sanfona com o Senhor.
Cheguei a Cumari e fui ate a casa do irmão Francisco Anselmo e disse a ele que eu ficara sabendo que ele queria vender um acordeão...
Ele me disse que queria me doar o acordeão, mas eu não aceitei afinal de contas a acordeão ele tinha a comprado por 5.800 reais, então ele me disse que o preço então seria 800 reais porque ele sabia que era para tocar na igreja. Então peguei a acordeão e tenho até hoje uma Parroto 120 baixos, japonesa uma beleza...
Eu e meu acordeão
Minha esposa organizou bazares, onde aos domingos saía com a irmã Maria Rosa para as feiras vendendo roupas ganhadas de vários irmãos inclusive da sede.
Minha Sônia organizou também o trabalho de Senhoras, as Orações, unimos as forças com os irmãos aí abaixo, os primeiros que nos ajudaram, e Deus começou a operar...
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