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terça-feira, 2 de agosto de 2011

Capítulo 9

Testemunhando milagres
  Depois que viajamos no litoral voltamos para fazer um avivamento em Nova Aurora, Goiás, A igreja na época estava sobre a direção do Pastor Teófilo, como ainda não tinham construído a igreja ele arrumou uma casa em construção para fazermos o culto, já que não cabia o povo na igreja. A casa era feita de esteio de madeira e ele aumentou com uma lona fazendo uma barraca bem maior.  No culto das 15:00 horas, chegou uma senhora com uma criança de uns quatro anos de idade nos braços, ela disse:
__Dizem que aqui tem um homem que benze?
__ Não – disse eu – aqui tem um homem que ora.
__Bem, então eu quero que ele ora para o meu filho – disse –me ela.
__ Haroldo! Haroldo! – chamei o missionário que logo veio.
__ O que é meu irmão? – perguntou ele.
  Apresentei a senhora com a criança e ele disse para ela:
__ Já é crente?
__ Não – disse ela.
__ Haroldo não ora se você não aceita Jesus! _ disse ele firmemente.
__ Eu aceito! – disse ela sem demora.
  Então ele mandou ela dar a criança para mim e disse:
__ Ajoelha!
  Ela ajoelhou e ele orou por ela. Depois mandou ela se sentar e pegar a criança. Assim ela fez. E ele então perguntou:
__O que é isto na cabeça dele?
__ Crupe – respondeu ela.
  A cabeça do menino era enorme, desproporcional ao tamanho do corpo de uma criança, era do tamanho da cabeça de um homem bem grande.  Então o missionário colocou suas mãos na cabeça do menino e orou assim:
__ Deus, não pode ser assim, faz a cabeça do menino voltar ao tamanho certo!
  Quando abrimos os olhos, que ele retirou suas mãos da cabeça da criança, vimos que a cabeça havia voltado ao tamanho normal.
__ Aleluia, Glória a Deus – dizia o missionário – Deus nos ouviu.

Pastor Teófilo – Primeira festa de batismo em Nova Aurora – fevereiro de 1971

Prova de Fé
  Na cidade de Goiandira, Goiás, havia uma viúva chamada Ana, ela tinha uma moça que padecia endemoniada.  O missionário Haroldo ficou sabendo e fomos lá.  Ele bateu na porta e a irmã Ana saiu.  Ele a cumprimentou com a Paz do Senhor e logo foi dizendo:
__ É aqui que tem uma moça endiabrada?
__ Não – disse a mãe dela – aqui tem é uma moça doente!
  A mãe certamente tinha vergonha ou medo de admitir o mal na vida da filha, ainda mais sendo ela crente há algum tempo.
__Onde está? – perguntou ele.
  Ela o levou ao quarto da moça, ele entrou, orou e o diabo não saiu!
  Haroldo saiu correndo, ajoelhou debaixo de uma mesa que era usada para passar roupa e orou das 08:00 horas da manhã, até o meio dia, então voltou ao quarto, orou novamente e o demônio saiu e a moça ficou liberta, sarou.
Com Deus não se brinca!
  Haroldo e eu, além de irmãos, nos tornamos grandes amigos, e até o seu sapato 44 era eu quem engraxava toda manhã.
   Novamente na estrada fomos para Belo Horizonte de lá para Juiz de Fora e de Belo Horizonte de lá para Coelho da Rocha (RJ).
  Porém antes que chegássemos à cidade aconteceu um fato que acho por bem relatar.  Um Senhor membro da igreja muito abonado havia sido excluído pela igreja devido a um pecado de adultério.  No dia da ceia ele foi assistir ao culto e enquanto o diácono servia a ceia ele quis tomar, o diácono explicou que não podia, ele soberbamente disse ao diácono que pão e vinho ele tinha dinheiro de sobra para comprar e comer em casa... Mal pronunciou essas palavras morreu sentado no banco da igreja! O Pastor José Gonçalves guardava na época a fotografia desse senhor morto no banco da igreja, provando ser verdade o fato ocorrido. Com Deus não se brinca.

  Olha o goiano
  Na primeira vez que cheguei ao Rio de Janeiro fomos almoçar na casa do Pastor Luís do Prado, e quando servia o almoço, eu derramei o meu copo de suco em cima da mesa, fiquei morrendo de vergonha, eles ficaram assustados, eu disse então:
__ Traz outro sou goiano e estou chegando agora...
  Todos caíram na risada acabando assim com o constrangimento.
E Deus providencia o melhor.
  Algumas vezes Haroldo e eu dividíamos o trabalho eu ia para uma cidade e ele para outra, e certa vez ele foi para o Rio de Janeiro (Guanabara) e eu fiquei em Coelho da Rocha lá adoeci e Haroldo já estava em Guanabara há quinze dias sem nos vermos.  Devido a muita friagem recebida nas tendas fiquei acamado nos fundos da igreja e a irmã Síria Cordeiro Rego soube que eu estava doente, mas trabalhando perguntou-me o que eu sentia e foi até o posto médico onde contou os sintomas ao médico que detectou uma bronquite.  Ele passou os remédios e levou pra mim.  Toda manhã ela levava lanche, aplicava a injeção que eu precisava no músculo, na veia e me alimentava.  Irmã Síria Cordeiro Rego era uma cigana que havia convertido e era esposa de um marinheiro que não era cristão, mas nos ajudou bastante.
   Eu gostava de ficar em Coelho da Rocha daí Haroldo perguntou:
__ Por quê?
__ Arroz com feijão paio, comida a vontade... Ele disse:
__ Então eu também vai pra lá... E foi...
E disse:
__ Se alguém perguntar o que Haroldo gosta diz: sopa de galinha!
__ Ta certo.
   Ficamos ali por um ano e Síria nos sustentava com o seu marido... Este havia nos dito que tinha dinheiro a vontade para apoiar sua esposa, e que era o prazer para eles sustentar o Filho do Rei.
  Um dia passeávamos na Guanabara, no Rio de Janeiro e ele me disse:
__ Pedro, vontade comer maçã...
  Nós não tínhamos como comprar naquele momento e nem sabíamos quando... Mas quando andávamos em volta do super mercado, onde descarregam as mercadorias, no meio de uma palha de arroz, achei uma nota de cinco cruzeiros, peguei a nota, e não falei nada, e ele não viu!...  Um pouco adiante ele tornou a dizer:
__ Oh irmão Pedro, to com vontade comer maçã...
__ Porque não come? – disse eu.
__ Cadê dinheiro? Alguém vai me dar de graça? – perguntou-me ele.
  Então enfiei a mão no bolso e tirei os cinco cruzeiros e falei:
__ Aqui, compra sua maçã!
__Ah você tem dinheiro...
__ Não – disse eu – só que ali no lugar da descarga eu achei este cinco.
__ Glória a Deus – disse ele.
   Fomos até a banca de frutas e compramos duas caixas cheias de maçãs e pêras, e ainda sobrou dois cruzeiros e tomamos um sorvete, gastando todo dinheiro achado, mandado por Deus.  Voltamos para Coelho da Rocha onde morávamos no fundo da igreja e comemos a vontade, as maçãs e pêras que havíamos pedido a Deus.

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