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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

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Propostas

  Depois de algum tempo surgiu então uma oportunidade dada pelo Supervisor Aristoclides Santana apoiado pelo Pastor João Marques, de reabrirmos uma igreja em Uberlândia na Vila Martins, ficamos ali umas três semanas Sônia e eu, na casa do irmão Belmiro que nos apoiou com a sua esposa irmã Celina.
  Todos os irmãos que haviam distanciado voltaram para a igreja, mas financeiramente foi impossível continuarmos ali, pois não arrumamos emprego e a igreja não tinha condições de nos manter na obra, retornamos então para Cumari.
 Depois de algum tempo o missionário Haroldo quis que fizéssemos o curso no IBID, fomos para o Instituto Bíblico da Igreja de Deus, em Goiânia. Já tínhamos nossa filha Silsa com dois anos, e lá fomos nós por a mudança no trem.
  Chegando lá nada deu certo, não encontramos o apoio que haviam prometido ao missionário, que iriam nos dar, era para eu trabalhar na gráfica da igreja e estudar, mas nem a parede que tinham que fazer fizeram, queriam que ao invés de estudarmos, minha esposa se tornasse cozinheira da instituição e eu zelador, ficamos apenas seis dias , nem tiramos os móveis da estação, embarcamos de volta para Cumari.  Não eram esses os planos que Deus tinha para nós e sabíamos disso.
   Também foi nos oferecido pelo Supervisor da época Aristoclides Santana uma congregação em Sancrerlândia, mas preferimos voltar para Cumari para perto de nossos familiares.
  Com seis dias voltamos para Cumari, e continuamos na Igreja de Deus ajudando a Pra Orsila. 
  A nossa casa era muito simples, a última da rua, feita de pedaços de tijolo por fora e adobe por dentro, mas ali recebíamos os servos de Deus.   Um dia após ter se hospedado conosco durante alguns dias, o pastor José Gonçalves da  Igreja de Deus de Belo Horizonte, já de partida chamou-nos e disse:
__ Não tenho nada para dar a vocês, mas vou orar para que Deus dê aquilo que vocês querem e precisa.
__ Precisamos de uma casa maior para receber o povo de Deus! – disse eu.
  Ele orou por nós e Deus ouviu.  O prefeito Sirlênio Evangelista traçou a Avenida Contorno, bem em cima da nossa casa.  Ele quis comprar a nossa casa, mas eu não quis vender eu disse a ele:
__ Eu quero é outra casa em troca, quero a casa do Nego Geraldo. 
  A casa estava fechada há algum tempo...
__ Pedro, ali não tem água, não tem como furar cisterna – disse-me ele – já iniciaram dezesseis cisternas e não conseguiram, só tem água no tempo de chuva.
__ Não me importo, eu vou furar uma, e vai dar água.
__ Pedão teimoso - disse ele.
  Comprou a casa, passou a escritura e disse:
__ Muda agora?
  Mudei. A casa era enorme com janelas, bem grande, bem arejada, com um quintal cheio de frutas, e terra fértil, porém sem água.

Nossa casa hoje toda mudada janelas trocadas por veneziana, garagem ao invés de alpendre...

  Marquei a cisterna furei meio metro à tarde e no outro dia levantei cedo e entupi, porque a noite havia sonhado que não era ali.  Passei do lado da horta da Sônia, arranquei seu canteiro de alfaces e mandei o enxadão, quando ela levantou, ficou muito brava comigo disse:
__ Pedro, você ta ficando doido? Que é isto?
__Ah Sônia, eu orei, e sonhei que é aqui que vai ser a nossa cisterna – disse eu tentando acalmá-la.
__ Está bem...
  Passei por três lages de pedra bruta, quebrei a ponta de uma delas para arredondar a cisterna, e saí na mina verdadeira, agora a casa valorizou porque tinha água.
 

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