Testemunhando mais milagres
Passando por Itapemerim, fizemos uma visita par o Pastor da igreja e na hora da oração Deus fez uma grande obra, uma senhora cega viu e um menino paralítico saltou... Mas não fizemos campanha ali tínhamos outros compromissos...
Voltando pro Rio de Janeiro tivemos que vender a cama que o Pastor Luis do Prado tinha comprado para mim por cento e vinte cruzeiros e vendemos por sessenta cruzeiros, para comprarmos gasolina e compramos também uma caixa de tangerina para ser nosso alimento na viagem para o Rio.
Apreendidos pela polícia
Chegando ao Rio de Janeiro fomos apreendidos: Nossa Rural tinha três faroletes queimados, noventa cruzeiros de multa, e a rural seria guinchada... Nossa rural mais parecia um monte de lata com rodas soldadas tortas, pneus cheio de monchões, motor queimando óleo era aquele toro de fumaça...
Haroldo nesta hora não falava nada em português nessa hora, e eu vindo do interior não tinha muitos recursos, mal sabia conversar...
Eu disse aos policiais:
__ Tem dó de nós somos evangelistas, olha aqui as coisas que usamos, já são nove horas da noite e estamos sem almoço, vamos para Coelho da Rocha para jantar ali... Tem alguém que vai nos sustenta,
Eles conversaram uns com os outros e me disseram:
__ É verdade?
__ Sim – disse eu
__ Então vai, se outro não vos prender, vai em paz.
__ Graças a Deus!
Peguei na mão deles e disse adeus
Disse para Haroldo:
___ Vamos!
Aí ele falou em português:
__ Vamos como? Já estamos presos...
__ Eles nos liberaram
__ Glória a Deus – disse ele.
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Da direita para esquerda: Pedro Lourenço, Haroldo Bradfield, irmã Rute esposa do Pastor Luís do Prado (que estava tirando a foto) e sua candidata a nora, esposa do Daniel (filho do Pastor) |
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Da direita para esquerda: Pedro Lourenço, Haroldo Bradfield, e Pastor Luís do Prado (RJ- 15/05/69) |
Em Coelho da Rocha encontramos a irmã Síria Cordeiro Rego a meia noite que alegria... Ela foi fazer a janta para nós... Passamos a noite e no outro dia seguimos viagem para Mogi das Cruzes...
Ali em Mogi das Cruzes havia uma Igreja de Deus autônoma, que queria unir com o Ministério da Igreja de Deus no Brasil, mas com uma condição: o Ministério teria que considerar o cargo de uma irmã que era diaconisa. Haroldo não aceitou a condição porque não conhecia a procedência dessa senhora e ele considerava que as mulheres deviam ser adjuntoras ao lado do esposo e não a cabeça, e deixou o caso para o Pastor de Osasco resolver...
Naquela igreja em Mogi das Cruzes um privilégio foi concedido a mim uma oferta em dinheiro, e depois de tanto tempo recebi uma ajuda missionária comprei para minha futura noiva uma Bíblia e um Hinário e sobrou para mim, justamente os cinqüenta cruzeiros que eu havia pegado emprestado com o irmão de Cumari no inicio da Campanha: Antônio de Avelar. Esse eu guardei cerca de dois ou três meses até encontrá-lo e pagar a dívida...
Voltando para o Rio de Janeiro o plano era irmos pra Goiás e de lá para o Mato Grosso, mas houve um imprevisto, o Pastor Luis do Prado que muito nos ajudou, tinha programado uma caravana para Teresópolis, e me convidou para participar:
__ Vamos?
__ Não – respondi
__ Por quê?
__ Porque eu não tenho dinheiro para pagar a passagem...
__ Eu lhe dou a passagem!
Fomos então. Lá conheci as Pedras Dedo de Deus e Agulha do Diabo, que beleza...
Em Teresópolis, havia uma grande festa e o missionário estava almoçando sentado num banco de tábua de quatro pés Na hora do almoço uma irmã sentou-se perto do missionário Aroldo e disse:
__ Irmão, você não crê muito em profecias, não é?
__Não – disse ele prontamente.
__Mas você pode preparar as malas porque você vai embora...
Ele ficou calado. Depois de algum tempo me falou:
__ Eu não vou embora agora não, meu passaporte tem um visto de dois anos!
E continuamos a viajar por outros estados. Passamos por Uberlândia com destino a fazermos uma campanha em Anhanguera.
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