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sábado, 27 de agosto de 2011

Págs 151 a 153

Fazenda Dourados
   Logo que comecei a dirigir a igreja na Fazenda Dourados, a Congregação Nova Jerusalém estava passando por problemas, havia se dividido em três partes e os irmãos ficaram alguns com o  Pastor Jerônimo Paulino, outros com o  irmão João Vicente da Igreja de Deus e outros com o Pastor Antero. Aos poucos ganhei a confiança de todos esses irmãos que passaram a fazer parte de único ministério, o nosso, da Assembléia de Deus.

Na foto batismo do irmão Valdemar realizado pelo Pastor José Albano de Goiânia ainda no Ministério Nova Jerusalém que posteriormente uniu com o nosso ministério esse irmão ficou responsável pelos cultos na fazenda.

  Os cultos na Fazenda dos Dourados eram bons demais, verdadeiramente em espírito e em verdade... na simplicidade todos louvavam o Senhor com tudo o que tinham...O irmão Valdemar, o irmão Vardinho, muito me ajudaram... Chegamos a ser 67 irmãos em comunhão sem falar nos congregados.

Fazenda Dourados

                         Irmão Valdemar Paulino trabalhando com o carro de bois
Silsa e Jesana sentadas nas toras que eram serras na Fazenda Dourados

A serraria era movida pela força da água dessa bica, aí ela já tinha caído uma parte

Aí na serraria fazíamos cultos abençoados



   Fizemos uma igrejinha aproveitando uma tapera feita com tábua e telha comum, o chão de terra batido, bancos de madeira fincados no chão.  A noite todos os irmãos das fazendas próximas vinham para o culto, de cavalo, carroça, a pé pelos atalhos, trazendo seus cachorros, lampiões e muita comida para o final do culto.  Eu sempre levava para casa: mané - pelado, biscoitos, pamonha, frango, carnes, frutas... que os irmãos doavam para minha família.  Também levava o dízimo dos irmãos em espécie que entregavam a Jesus em: sabão de bola, frangos, arroz... Produtos colhidos por eles, e eram entregues na casa do tesoureiro da igreja onde eram vendidos para os irmãos da igreja.


Os batismos







 
  Realizamos batismos nas águas muito abençoados, e o senhor batizava com fogo.  Numa certa feita converteu um casal que eram o Sr Lourival Raimundo (Valinho) e sua esposa Divina, um dia me disseram:
__ Pastor eu vou casar segunda-feira e quero um culto na minha casa.
   Já na fazenda Dourados, convidei o Sr. Arnaldo Borges dono da propriedade:
__ Vamos ao culto?
__Vamos – disse-me ele –Eu vou levar dois bois agora lá no Retiro e passo culto na volta.
   O culto foi abençoado, depois do culto um jacá de mané-pelado e chá de canela a vontade nos esperava.  Lanchamos e saímos eu e o irmão Valdemar e a família dele, começamos a conversar e eu disse:
___Uai, seu Arnaldo não veio!
  Sr, Arnaldo então saiu do meio das moitas e disse:
__ Vim sim, eu estava dentro do paiol, e vou te contar o que foi que você falou – repetiu minha pregação -  é por isso que esse povo daqui mudou, não tem briga... Você ensina o certo!
   Glória a Deus por isso! Ganhamos à amizade e o respeito do dono da fazenda.
    Era mês de janeiro a chuva foi embora e a lavoura dos irmãos começou a murchar o arroz estava pondo cachos o milho ainda saindo da espiga, o feijão das águas em flor... Que tristeza ia perder toda safra... Quando cheguei aos Dourados o irmão Valdemar Paulino me disse que O Sr. Ricardo filho do Sr. Arnaldo Borges disse que era para eu orar com a igreja para chover. Assim fizemos o culto e oramos e após o culto oramos de mãos dadas e pedimos a Deus para mandar chuva... O céu estava todo estrelado... Saí empurrando a bicicleta morro acima quando estava a uns três quilômetros no Mamparra começou a relampejar, e logo veio toda a chuva, cheguei em casa bem molhado, mas feliz pois Deus havia atendido a nossa oração.




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