Fazendo cultos no Grupo Escolar
Com o passar dos anos tivemos que passar a fazer os cultos no grupo, a escola da Fazenda, visto que havia chegado o diácono José Geraldo de Araguari para nos ajudar e sua esposa irmã Norma, era professora da escola fora contratada pela Prefeitura de Goiandira, o espaço era maior e o Badê não estava lá...
Badê era um senhor que tinha problemas mentais ele tomou posse da nossa igrejinha, e passou a morar ali, arrancou os bancos e ficava fazendo barulho atrapalhando o andamento dos cultos... então resolvemos passar os cultos para a Escola.
Quantos batismos, casamentos,aniversários e surpresas... Os casamentos eram realizados em Cumari mas a festa, nos Dourados!
Primeiro fazíamos um culto em ação de graças pela vida do(s) aniversariante(s)...
Cantávamos e contavamos as bençãos e depois...
Cantávamos os Parabéns
Tirávamos fotos...
É verdade que na pressa para comer o bolo as vezes cortávamos as pessoas pelo meio...
De simplicidade, nostagia...
Outros cresceram muito! e já até se casaram...
Mas outros continuam firmes esperando Jesus voltar: Irmãs Helena e Maria de Lurdes ... entre tantos.
A Família reunida e abençoada: Rosa, irmã Maria de Lurdes e seu filho aniversariante
Ednamar, Helaine e o aniversariante... Muito felizes
Com muitas palmas e alegria!
Celebrávamos mais um ano de vitórias...
De vida e de sucesso...
Olha só a alegria de todos...
Era contagiante...
A Cura de Lúcia
Havia na Fazenda Dourados um senhor por nome de Sebastião Batista, tinha filhos homens e apenas uma filha mulher, Lúcia (hoje nossa prima), a família toda aceitou Jesus, menos ele. Um dia fazíamos um culto na casa do irmão Eurípedes, e ele foi, pregamos para ele, mas ele estava irredutível dizendo:
__Não.
__ O que o impede de ser um crente? – perguntei a ele.
__Ora essa – respondeu-me ele – eu não sou crente porque não quero!
Continuamos a fazer cultos e ele sempre assistia. Um dia sua filha adoeceu, o Sr. Arnaldo Borges, patrão de Sebastião dono da fazenda levou a menina para Goiânia, fez exames, e constataram um tumor na cabeça da menina. Voltaram para a Fazenda e depois de oito dias voltaram novamente para o hospital.
Estávamos dirigindo mais um culto abençoado quando Sebastião chegou com a filha nos braços e me disse:
__ Hoje eu vim para aceitar Jesus, e você vai orar para Lúcia, senão ela vai morrer.
Continuamos o culto e quando fui orar pelos enfermos, ungi o pé do ouvido de Lúcia, onde doía.
A irmã Fátima, mãe de Lúcia e esposa de Sebastião, havia feito um tacho de sabão e havia deixado para enrolar o sabão depois do culto. Chegando a casa o agora irmão Sebastião foi dormir com os meninos e a irmã Fátima ficou com Lúcia acordadas para enrolar o sabão. De repente sentiram um mau cheiro, um cheiro repugnante, era o ouvido de Lúcia, que vazava toda a infecção, todo material do tumor vazando rosto abaixo e caindo no chão. Deus havia operado Lúcia de dentro para fora, ela cresceu, se casou e sempre serviram a Cristo. O irmão Sebastião tocava acordeão na igreja e cantava com sua esposa: “No reino de Deus ainda há lugar...”, até que depois de muitos anos o Senhor os chamou.
Na foto de blusa branca Lúcia a menina curada de um tumor
Sempre nos congressos em Catalão marcávamos presença, apesar das dificuldades de locomoção e distância.
No Natal comemorávamos o Nascimento de Jesus Cristo, mesmo sabendo que não é a data correta, mas isso não importa, importa é que Cristo nasceu, e deu a sua vida para nos salvar.
Na foto: irmã Maria de Lurdes, irmã Fátima(nosso Papai Noel) e irmã Norma com suas filhas
Diácono José Geraldo, Rosa, Papai Noel, ? e Valdivino
Diácono José geraldo, Rosa, Papai Noel, ? e Valdivino
Tempo de esperança...
De simplicidade, nostagia...
O preço que paguei pelas almas dos Dourados
Esse foi o preço que eu paguei pelas almas lá dos Dourados: andar as cegas de bicicleta por oito anos e oito de Xispa, ver onça, levar tombos... Não fazia isso para fazer graça para ninguém, nem para me engrandecer... Apenas dedicava meu tempo para o Deus que havia me salvado e me curado, dando a Ele tudo o que eu tinha. E quando eu fui transferido para Goiandira, a Congregação acabou, muitos irmãos se mudaram, outros desviaram, mas ficou na história aquele tempo abençoado.
Muitos já estão com Deus: Rosa e irmã Ana, mas continuam vivos na nossa memória


Sinto muitas saudades daqueles irmãos: irmão Antônio Manoel cantando “Assim que Deus me batizou” (ficou louco e foi internado no Adauto Botelho onde faleceu), irmão Valdemar (diácono já está com o Senhor) e família, irmão Vardinho e família, irmão Pedro Batista e família, irmão Armando e família, irmão Valim e família, irmã Maria do Rosa (esposa do Sr Rosa) e filhas, irmã Ana, irmão José Geraldo e família, Irom, Baltazar,Valdivino Izídio e família,entre outros...