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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Págs 33 e 34


A fábrica de cortiça
  Chegamos a Goiandira, Joãozinho e eu, procurando um barracão para montarmos uma fábrica de cortiça encontramos o Sr. Idelfonso Teles que nos ofereceu um barracão, velho abriu com dificuldade e eu perguntei se ele não tinha um metro para e medir o barracão. Ele mandou que o filho buscasse, medimos o barracão e perguntei se ele podia aumentar um pouco o barracão: uns dez metros na largura e quinze no comprimento ele disse que não podia, pois ficaria muito caro então resolvemos trazer a fábrica pequena se nosso negocio desse certo iríamos comprar o barracão para aumentarmos e instalarmos as máquinas grandes.  Fechamos o negócio do aluguel, fomos para a casa dele lanchamos, ele nos pediu que déssemos empregos para algumas pessoas de sua confiança, e ficou tratado que quinze dias voltaríamos de São Paulo com as máquinas... Bom o final você já sabe: sequer fomos a São Paulo, nunca tivemos fábrica de cortiça e até hoje não voltamos para cumprir o trato.


rolhas de cortiça

 
Extração da cortiça (Quercus Suber L.)



Comprando uma boiada
  Em Nova Aurora fizemos o compromisso com o Sr. Juarez de olharmos uma boiada, na quarta-feira no Areião, ele podia fechar o gado que nós vínhamos de carro de Uberlândia passando por Anhanguera às nove horas da manhã, nos encontraríamos na fazenda caverna... Não sei onde ele deixou a boiada...


A última arte
  Um dia fomos pescar no Córrego Gengibre e como não pegávamos nada resolvemos ir fazer arte nas terras do Sr. Trajano Costa com as coisas do Sr Divino Godoi: Eu, o Braz, o Joãozinho Evaristo... E voltando para casa saindo no Ribeirão, primeiro esparramamos o galão de 20 litros de graxa no chão dentro do rancho de cima, depois descemos um pouco e cortamos a cerca de arame em três lugares, depois jogamos a carpideira dentro de um poço fundo o trator do Senhor Divino Godoi estava sem partida e ficava em cima do morro, então fomos lá e tiramos à pedra que a calçava e destravamos o bruto e ele desceu a toda velocidade, e caiu no córrego, no brejo e ficou só com o cano do escapamento de fora.  O Sr. Cândido Antônio viu e contou para o Senhor Divino Godoi o que havíamos feito, mas se enganou dizendo que era eu o Braz e o Divo.  Registraram registrar queixa e o senhor Bertoldo recebeu a intimação, mas o Senhor Antônio Silva Leão estava lá e levou consigo o Dr. Naim Name até a delegacia e lá ficou provado que não podia ser o Divo, pois naquele dia, Divo estava em tratamento tinha ido ao médico livrando-nos assim da acusação.  Essa foi a nossa última arte ficamos com medo e paramos de aprontar.
trator

  Apesar de ter feito muita coisa errada, e feito minha mãe chorar muitas vezes, pois eu não pensava nas conseqüências de meus atos era sem juízo, sem medo... Mesmo assim todos gostavam de mim, mesmo assim Deus me amou, nos guardou de todo mal. 

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