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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Capítulo 4


Minha religiosidade
   Até ficar moço, fui Católico.   Fui Congregado Mariano, saudava com a saudação:
 __ Salve Maria!
  Depois fui Irmão Santíssimo e saudava:
 __ Salve Jesus!
  Mais tarde entrei na Congada com linhas cruzadas, e a nossa saudação era:
__ Saravá!
 Participei com o Sr. João Patrol de despachos em encruzilhadas, mas Deus não estava lá e a cura também não.
  Os padres Capuchinhos, Missão Nossa Senhora de Fátima queria me levar para Roma, mas minha mãe me fez desistir.
  Como é bom ser jovem, adquiri muitos amigos, às vezes bons, as vezes ruins...  Até hoje eu tenho um nome ruim devido o meu passado, mas Graças a Deus que eu não fiz mal a ninguém, nunca derramei sangue, nem estraguei famílias, mas andei com maus elementos que deixou em mim, esta nódea de mal: agressor, Pedro Cachaceiro, Pedro Garrucha, capitão de congo, Pedro viola etc...
  O indesejável Pedro do Urias deu muitos tiros, fez muito barulho, acabei com pagode na bala nos Tamarindos, mas mesmo assim o povo gostava de mim.  Mesmo sem juízo, cresci entre pessoas honestas e consegui superar as infâmias.
  Nunca pensei ser hoje o que sou passei por tanta coisa, mas Deus cuidou de mim.
  Eu, Pedro Antônio Lourenço da Silva, não tenho queixa em delegacia, nunca fui processado por nada, nunca fui testemunha de coisa alguma, sou um velho pacato, feliz com tudo o que Deus me fez.

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