A Convenção da Igrejas de Deus em Goiandira
De posse das apostilas, comecei então a estudar para o curso, meus irmãos diziam que eu estava estudando para virar São Pedro...
Prestei o Curso na Convenção em Goiandira, fiz todas as provas e eu tinha que fazer no mínimo 67 pontos havia decidido assim, e eu fiz 83, mas ainda tinha uma entrevista... Então o Supervisor Jack Pop fez uma reunião e fez-me várias perguntas:
Prestei o Curso na Convenção em Goiandira, fiz todas as provas e eu tinha que fazer no mínimo 67 pontos havia decidido assim, e eu fiz 83, mas ainda tinha uma entrevista... Então o Supervisor Jack Pop fez uma reunião e fez-me várias perguntas:
__ Irmão Pedro, você é solteiro?
__ Sim – disse eu.
__ tem filhos particulares?
__ Não Senhor.
__ Tem amante ou enrolada?
__ Não senhor.
__Sente a chamada para a obra de Deus?
__ Não sei – respondi.
__ Por quê? – perguntou-me ele.
__ Porque eu sou muito novo na fé, e se eu disser que sinto o chamado estarei mentindo, pois eu nem sei o que quer dizer chamada!
Então ele disse:
___ Então Haroldo ele não pode ir!
___ Então Haroldo ele não pode ir!
Haroldo se levantou e disse:
__ Eu vou levar ele comigo porque Deus me mostrou ele em sonho como prova.
Então o Pastor Jack fez-me uma pergunta:
__ Pedro se você for, vai baseado em que?
__ Baseado na fé do Haroldo – disse eu.
Então recebi a Consagração de Pastor Exortador no ato da reunião.
Convenção das Igrejas de Deus |
Nesta época eu já havia recebido o Batismo no Espírito Santo, e escutado alguns hinos que me foram muito útil, como inspiração, e minha primeira composição foi no dia 11 de novembro de 1967, com o título: “O Senhor é o meu Pastor.”
Na tarde daquele dia, os jovens da igreja foram me visitar, e ouvindo-me cantar disseram:
__ Você está cantando música do mundo?
__ Não – respondi – isto é um hino que eu fiz.
À noite na igreja contaram para a Pastora Orsila e ela me mandou cantar, e eu cantei, com muita vergonha e a igreja gostou e glorificou a Deus. Daquele dia em diante não parei mais de compor, já tenho 309 hinos de minha autoria, para honra e glória do Senhor Jesus.
Caminhando para a seara
Chegou o dia de ir para a obra Missionária, dia 28 de fevereiro de 1968, o Missionário Haroldo me esperava em Belo Horizonte , era Carnaval. Sônia a moça da Anhanguera a quem eu já estava meio namorando disse:
__ Você vai mesmo?
__ Vou _ disse eu.
__ Mas e o nosso casamento? – perguntou-me ela.
__ Eu vou enquanto você completa a sua idade, eu volto e a gente casa...
Concordamos assim... De ela me esperar...
Eu não tinha sequer o dinheiro da passagem, o irmão Antônio de Avelar foi quem me emprestou: cinqüenta cruzeiros para eu pagar não sem quando, sem juros.
Arrumei a mala e o violão e fui para Goiandira, dormi na casa do Pastor Gaspar e na manhã seguinte fomos para a Rádio Educadora, cantei, preguei e chorei, despedindo de todos que me ouviam. Braz e eu cantávamos para o mundo, nos bailes, nos bares... Mas agora eu cantava para Jesus, empregando o pouco que eu aprendera a tocar.
Embarquei no trem para Belo Horizonte- MG chuva que Deus dava, o trem era misto: passageiro e carga, vagões e carros com poltronas, restaurante, etc. e tal. Assim gastei três dias e duas noites para chegar a Belo Horizonte.
Em Formiga, Minas Gerais, quase voltei, adoeci, mas Deus me ajudou que eu cheguei ali.
No primeiro dia do Carnaval dia 28 de fevereiro tornei-me um Missionário ao lado do Missionário Harold Bradfiel.
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Harold Bradfield e Pedro Lourenço – Santa Luzia - MG |
Chegando a Belo Horizonte peguei um táxi e ao invés de ir para o bairro Abadia, fui parar no bairro Aparecida, lá não reconheci como ele havia explicado e nem havia igreja de Deus, o taxista com pena, perguntou-me se eu não tinha o endereço na mala. Abri a mal e encontrei o endereço ele disse que estávamos muito longe que era do outro lado da cidade. Paguei-o a rota e contei o dinheiro se dava para ele me levar ao bairro abadia não dava, mas ele me levou até a igreja. Reconhecemos a igreja e encontramos a moradia do diácono Haroldo.
Nem bem cheguei a Belo Horizonte, Haroldo já tinha ido para Santa Luzia, tive que ficar na casa de um diácono da igreja também chamado Haroldo, e no outro dia fomos também para Santa Luzia, encontrar o missionário.
Haroldo estava na casa de um casal idoso, eram portugueses e fabricavam caixões.
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Irmãos: Antônio Marques e Raimunda Marques hospedavam o missionário |
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